domingo, 28 de agosto de 2016

Wolverine e os X-Men - Crítica

Wolverine e os X-Men foi a quarta animação dos X-Men que foi para a televisão, posterior ao piloto Pryde of The X-Men, a série animada dos anos 90 e X-Men Evolution. O desenho estreou em 2009 nos Estados Unidos e, curiosamente, estreou antes no Brasil, em 2008, no canal de tv a cabo Jetix, hoje, Disney XD. Quando chegou ao último episódio no Brasil, o desenho sequer havia estreado oficialmente nos EUA. A animação possui apenas 1 temporada, composta por 26 episódios com média de 20 minutos cada. A animação é em 2D com alguns elementos em 3D.

A Animação
O estúdio indiano Toonz Animation foi o responsável pela animação. O único defeito realmente marcante, que ocorre em alguns episódios, são erros de coloração em algumas partes dos personagens. Pelo menos umas 3 vezes durante a primeira temporada, vimos o detalhe do nariz de Wolverine ficar da cor azul, ao invés de amarelo. Além disso, outros pequenos erros como a mão de Ciclope sem luva ocorreram bem esporadicamente.
As cenas de ação são um ponto forte do desenho, principalmente se comparado a X-Men Evolution, que realmente carecia de grandes momentos de ação. Cenas com lutas simultâneas e um bom índice de destruição complementaram muito bem o belo enredo que acompanha os 26 episódios. Alguns episódios contaram com ótimas sequências, como a luta de Magneto com os X-Men no terceiro episódio, Wolverine e Gambit trabalhando juntos no quinto episódio, e a Irmandade lutando ao lados dos X-Men no décimo oitavo. Outro elogio marcante são os elementos em 3D, que não tem aquela distorção alarmante do 2D que vemos em outras animações.
O estilo de arte adotado é bem a moda de Bruce Timm, com desenhos bem simplificados nos detalhes, visando uma animação mais fluída. Em pôsteres, incomoda um pouco, mas dentro da animação, que é o que importa, ficou bom e atendeu as expectativas.
A abertura também é bem legal, com uma sequência de animação contra as sentinelas e a MRD. 


A dublagem
A dublagem em inglês é sem dúvidas a melhor dos desenhos mutantes. Diversas vozes são definitivas nos personagens. Steve Blum é um show à parte dublando Wolverine e sem dúvida, é a voz definitiva do personagem. Outros atores com grande participação foi Nolan North, astro da dublagem interpretando Ciclope e Kari Wahlgren interpretando Emma Frost, uma das melhores personagens do desenho.
Infelizmente, não podemos falar o mesmo da dublagem em português, algo realmente surpreendente, tendo em vista que X-Men Evolution e principalmente, a série animada dos anos 90 foram muito bem dubladas. Muitas vozes não combinaram com os personagens, a atuação destoou muito do tom sério da animação e dubladores de maior nome acabaram interpretando personagens secundários. Uma pena.

O Enredo e os Personagens
A Estrutura
Wolverine e os X-Men aposta em uma única ideia durante os seus 26 episódios. Os X-Men são liderados por Wolverine no presente, que recebe instruções de Xavier, que está no futuro, fazendo com que o objetivo dos mutantes seja antecipar acontecimentos que vieram a tornar o futuro dominado por Sentinelas. Todos os episódios tem alguma relação com este plot desenvolvido nos primeiros três episódios.

Uma grande homenagem a fase Claremont/Byrne
Essa é uma característica pouco comentada em reviews sobre esta animação. Praticamente suas bases estão totalmente ligadas a era mais bem sucedida dos quadrinhos mutantes, que já comentei aqui. A base de todo o enredo é Dias de um Futuro Esquecido, onde se tem conhecimento do futuro trágico dos mutantes e envolve viagens no tempo. Além disso, elementos de outras histórias como A Saga da Fênix Negra também se fazem presentes.

Os Personagens
- A polêmica liderança de Wolverine
O primeiro susto que Wolverine e os X-Men causou foi justamente o seu título. A razão foi simples: Wolverine seria o líder dos X-Men. Embora muitos fãs encarem isso com estranheza, Wolverine foi líder dos X-Men por alguns curtos períodos de tempo, como por exemplo, durante o evento “A Queda dos Mutantes”, nos anos 80, quando liderou os X-Men até o retorno de Tempestade. Além disso, também comandou a X-Force montada por Ciclope e depois em outra formação, montada pelo próprio Wolverine. Apesar destes momentos, é consenso entre os fãs que o papel de líder não é muito a de Wolverine.
Um dos escritores da série Greg Johnson, explicou a situação. Inicialmente, Wolverine e os X-Men seria um desenho animado só de Wolverine. Depois de algumas discussões, os X-Men foram incluídos mas com o embargo da necessidade de Wolverine ser líder do time. Várias ideias foram sendo ouvidas, até que a vencedora foi de que com Xavier no futuro, sem estar de “corpo presente” com o time, e com Jean desaparecida, abalando Ciclope, Wolverine tinha o seu terreno para ser líder.
Porém, um fator positivo entra no jogo. Wolverine não foi um líder perfeito. Logan tem severas dificuldades em sua caminhada, sendo ineficaz ao tentar convencer demais mutantes a entrarem na sua causa, conduzindo os X-Men a missões com instruções erradas, perdendo Vampira no começo da história e se envolvendo em confusões pessoais. O grande mérito da liderança de Wolverine foi que ele escutou Xavier, que antecipava todos os males que estavam por vir, deixando Wolverine instruído para o que estava por vir. Além disso, com exceção de um único episódio, Wolverine esteve de acordo com o personagem dos quadrinhos, sem grandes alterações.

- Os episódios do Futuro
É praticamente unanimidade entre quem assiste Wolverine e os X-Men: Os episódios que se passam na linha temporal do futuro são espetaculares. Um grupo de mutantes refugiados são liderados por Xavier em pequenas missões que envolvem embates com os Sentinelas. Dentre os mutantes, destaque para Domino, Bishop e Medula. No fim, Wolverine aparece para ajudar o grupo com o auxílio de vários clones da mutante X-23. Nos últimos episódios, temos transições entre o que ocorre no presente e no futuro.

- Os episódios relacionados ao passado de Wolverine
Com exceção dos X-Men em Anime, todos os desenhos envolvendo os mutantes possuem episódios ligados a algum elemento do passado de Wolverine. Na série dos anos 90, tivemos episódios com a Tropa Alfa e o Time X, por exemplo. Wolverine e os X-Men não é exceção. O primeiro deles envolveu o Hulk, lembrando do primeiro embate entre os dois heróis, na época que Wolverine trabalhava para o governo canadense, uma honrável menção a primeira aparição de Wolverine nos quadrinhos, contando até mesmo com a participação de Wendigo. Os episódios da Arma X ficaram devendo, sendo pra mim o calcanhar de Aquiles da animação. A aparição de Maverick foi uma grata surpresa, mas as lutas com Dentes de Sabre foram bem decepcionantes, além dos enredos serem bem fracos e saírem do bom nível que a animação vinha tendo. O último episódio que faz alguma referência a vida de Wolverine é o que ele enfrenta o Samurai de Prata. Para os fãs das histórias de Wolverine no Japao, é um prato cheio.

- Emma Frost e Noturno

Dois personagens que com certeza roubaram a cena foram Emma e Noturno. Emma praticamente é a personagem mais importante dentro do enredo, agindo em duas frentes com os X-Men e o Clube do Inferno. A personagem contribui muito com o desenho através de sua personalidade, que não só dá muita singularidade a ela, como também realça as características dos demais personagens. Até eu que não sou muito fã dela, achei sua participação indispensável.
Noturno por sua vez é mais discreto, mas nos poucos episódios que aparece cumpriu muito bem seu papel. Em um deles, no sexto episódio, ajudou um grupo de mutantes que estava a bordo de um navio para Genosha, onde enfrentou a vilã Espiral. O mutante tem uma interação com a Feiticeira Escarlate muito interessante, no episódio onde ele chega em Genosha e na vingança de Mojo, após o confronto com Espiral.

- Os vilões
Os X-Men praticamente se veem no meio do fogo cruzado, enfrentando os humanos anti-mutantes e mutantes mais intolerantes, que acham na violência um meio de resolver seus problemas. O lado humano conta com o governo e a figura principal do Senador Robert Kelly. As forças da MRD, a divisão responsável por combater e prender mutantes são sua principal ajuda.

Do lado mutante, temos Magneto. O mestre do magnetismo lidera a nação de Genosha, um paraíso para os mutantes. Contudo, Erik mantém uma prisão de mutantes em Genosha, destinada àqueles que não se comportam adequadamente, algo que viria a comprometer a confiança do líder mutante ao longo do desenho.

A irmandade de mutantes não age em parceria com Magneto, mas sim por conta própria com uma promessa nunca cumprida de fazer parte dos planos do líder mutante. Composta por Domino, Avalanche, Groxo, Blob e Mercúrio, são os vilões mais recorrentes durante a animação.

O Clube do Inferno aparece no arco final do desenho, com o objetivo de controlar a força Fênix de Jean Grey. Apesar de ser curta, foi uma das participações mais importantes dentre os vilões da série.
Outros vilões também marcam presença com menos destaque, como Mística, Senhor Sinistro e Mojo.

A Segunda Temporada nunca feita

A estrutura do enredo seria muito parecida numa possível segunda temporada de Wolverine e os X-Men. Mas desta vez, ao invés de dominado por Sentinelas, ele seria dominado por Apocalypse. Diversas artes conceituais foram mostradas dando um gostinho do que estaria por vir numa segunda temporada, que infelizmente foi cancelada pela Marvel por questões financeiras. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Poderosa - A série de 2009

Poderosa por Stanley Lau

Quem é ela?
Poderosa é uma personagem do Universo DC. Ela é a contraparte da personagem Supergirl na Terra 2, tendo inclusive o mesmo nome, Kara Zor-L.

Poderes
- Visão de Calor
- Super Audição
- Visão amplificada (Inclui-se Raio-X, visão do espectro eletromagnético, telescópica, microscópica e infravermelha)
- Voo
- Invulnerabilidade
- Força e Resistência Física
- Velocidade
* Partilha também das mesmas fraquezas dos demais kryptonianos do universo DC, como ataques psíquicos, limitação da visão de raio-X e kryptonita.

Curiosidades
- Duas Origens
Sua origem partilha de semelhanças com Superman. Ambos foram colocados em naves para fugir de seu planeta prestes a ser destruído. Contudo, a nave de Poderosa levou muito mais tempo para chegar no Planeta Terra, e quando chegou, ela já era adulta. Anos mais tarde, descobrimos que ela não era só uma sobrevivente de Krypton, mas também da Terra 2, contudo, mais detalhes dessa sobrevivência de outra Terra não vieram à tona.

 A outra origem foi escrita em 1988, onde ela seria descendente do feiticeiro atlanteano Arion, porém, anos depois, essa origem foi provada falsa, na saga Crise Infinita.

- Os uniformes
1. Roupa Original

  2. Liga da Justiça Europa

3. Liga da Justiça Europa 2

4. Retorno ao Clássico

5. Novos 52

- O famoso decote
Se tem uma coisa que chama a atenção imediatamente ao ver a personagem é o seu grande “buraco” na altura dos seios. A explicação veio bem depois da origem da personagem, numa conversa com Superman.
Tradução:
"As pessoas sempre me perguntam porque eu tenho esse buraco aqui. Eles acham que estou me mostrando, ou apenas sendo sensual. Mas, quando fiz essa roupa pela primeira vez eu queria que ela tivesse um símbolo, como o seu. Mas eu... não conseguia pensar em nada. Eu achei que um dia, eu descobriria. Mas eu não descobri."

A série solo de 2009
Essa seria a segunda série solo da personagem, cuja primeira havia sido em 1988. Essa foi até a número 27 com três equipes trabalhando.

Fase Justin Gray, Jimmy Palmiotti e Amanda Conner.
Essa foi a primeira fase da série de 2009. As características principais são o humor e a leveza das histórias. Composta em sua maioria por arcos pequenos e vilões que tem enraizados em seus planos e personalidades clichês dos quadrinhos. Esses clichês são trazidos também para os personagens, como no fato de Poderosa levar uma vida dupla (heroína e dona da Starrware) e ter uma Sidekick, Terra.
Os escritores Palmiotti e Gray apostaram em enredos bem simples, pois o objetivo era muito mais estabelecer a Poderosa enquanto personagem do que propriamente contar grandes histórias. E nisso, a hq acerta em cheio. Vemos diversos momentos que dão realmente cara a Poderosa. Suas idas ao cinema com Terra, o desespero para salvar sua amiga do Ultra Humanoide e também a altíssima confiança da personagem ao lutar contra os vilões. Além disso, o humor é no estilo bem pastelão mesmo, com muitas, mas muitas piadas sobre o decote da heroína.
A arte de Amanda Conner combina perfeitamente com a história, principalmente nas cenas de humor, onde as expressões faciais dos personagens realmente condizem com a piada e fazem o leitor rir facilmente. Apesar deste ser o ponto alto não quer dizer que ela deixe a desejar em outros aspectos, muito pelo contrário. As cenas de ação são claras e raramente vemos fundos preguiçosos.

Os Arcos
Ultra Humanoide
O primeiro arco envolve o vilão Ultra Humanoide, que deseja tomar o corpo de Poderosa. Conhecemos a origem do vilão e o porquê dele ter sua personalidade rancorosa. Quando garoto, ele tinha diversas convulsões e um intelecto muito acima de sua idade. Mais velho, tentou desenvolver um projeto de transplantes cerebrais com ajuda de sua amiga Satanna, mas teve o projeto encerrado antes do fim. Foi até a África durante um confronto no Congo entre oficiais e rebeldes. Se aproveitou da situação e realizou a transferência de sua mente a um gorila branco.
O confronto com o vilão foi bem intenso, fazendo com que ele ficasse cheio de queimaduras ao ser arremessado contra sua própria máquina. A nave do Ultra Humanoide havia levantado a Ilha de Manhattan, e como Poderosa não sabia operar a nave, contou com a ajuda de sua amiga Terra, para fazer as coisas voltarem ao normal.
Além da vida heroica, sob a identidade de Karen Starr, Poderosa vai montando sua empresa visando invenções para humanidade, sem ligações com armas.

Arco Garotas Espaciais
Personagens de The Big Bang Theory fazem uma ponta na hq

Nesse arco três mulheres resolvem vir a Terra simplesmente para se divertir. Porém, um acidente ocorre e elas acabam matando um policial. Sua nave acaba se autodestruindo com Poderosa dentro, que é ajudada pela população. Um Agente vai a Terra buscar as garotas e Poderosa o retira da batalha para que ele esclareça a situação. Vendo que elas realmente não queriam causar mal algum, as manda para uns dias de férias, longe de problemas.
Em sua vida pessoal, Karen acha uma nova casa e vai conduzindo a sua empresa contratando novos empregados. Além disso, sua relação com a jovem heroína Terra vai ficando mais fraternal.

Vartox
O arco de Vartox é sem dúvidas, o mais bizarro de todos. Depois de uma luta contra uma raça alienígena rival, seu planeta foi afetado por uma bomba contraceptiva. Visando de qualquer forma restaurar a geração de vidas em seu planeta, Vartox escolhe Poderosa para ser sua parceira, sem o consentimento da heroína claro. Ele vai até Nova Iorque, tenta “encantá-la” com uma poção e impressioná-la derrotando um ser chamado Negaspike IX. A poção não dá certo e a luta contra o monstro menos ainda, pois gera ainda mais problemas. Depois de vencerem a luta, ambos saem para um jantar e Vartox explica que a reprodução em seu planeta não é bem a moda humana, e sim que bastava tocar em um fertilizador. Poderosa atende o pedido de Vartox e ele parte pra casa.

Satanna
Satanna é grande amiga de Ultra Humanoide e jurou vingança contra Poderosa. Com um exército de animais ela vai a caça da heroína mas é derrotada. Enquanto vai conversando com Terra, Poderosa percebe que sua amiga está com um comportamento estranho. O cérebro do Ultra Humanoide está nela. Poderosa derrota Terra e vai a caça do corpo do Humanoide que contém Terra. A raiva da heroína foi tão grande que chegou a arrancar o braço de Satanna com raiva da situação. Em Strata, terra natal de sua amiga, as mentes voltam ao seus devidos lugares. Nesse entremeio, um jovem garoto que descobriu a identidade de Poderosa pediu a ela uns favores em troca para não contar nada, como ir com ele até uma loja de quadrinhos.

Fase Judd Winick e Sami Basri
A ideia de Judd Winick, como dito em uma entrevista ao site newsarama era se manter fiel a personagem construída pela equipe anterior, mantendo o seu bom humor e demais características. Contudo, ele apostou um pouco mais nos enredos e fez uma bela virada na vida pessoal de Poderosa com a queda de sua empresa. Seu trabalho também teve relação com as hqs da Liga da Justiça Geração Perdida, também escritas por Winick.
O roteirista optou por realizar um grande arco e ir mudando pouco a pouco a vida pessoal da Poderosa. Nos seus números finais, escreveu uma história muito boa envolvendo um meta-humano que havia sido preso por engano, e que logo depois faria parte da Sociedade de Justiça e utilizou Superman para dar conselhos sobre identidade secreta.
A arte de Sami Basri me agradou bastante. Assim como o foco das histórias mudou, foi necessário também a mudança da arte. O desenhista trabalhou muito bem nas cenas de ação, com destaque para a luta de Poderosa contra sua clone Divina. As cores de Jessica Kholinne e Sunny Gho combinaram perfeitamente com a arte de Basri, fazendo um complemento perfeito. Nos últimos números de Winick, Hendry Prasetya ficou com a arte e manteve também um bom nível, embora inferior ao anterior.
Essa fase é totalmente centrado na volta de Maxwell Lord. O vilão consegue fazer com que todos heróis esqueçam de sua presença. Uma das consequências é a ruína da Starrware Labs, que teve todo seu dinheiro perdido. Poderosa é uma das poucas que realmente consegue lembrar do que aconteceu de fato.

Uma reunião de traficantes em Nova York acaba com a liberação de uma espécie de androide denominada C.R.A.S.H., que luta com Poderosa. Com ajuda de um dos membros de sua empresa, Nicholas Cho, ela derrota o inimigo, mas o perde, pois Max Lord o recupera. Pra piorar mais ainda a situação, Cho descobre que Poderosa é Karen Starr, e fica muito chateado por fazer parte de um “hobby de super-herói”.
Com ajuda de Batman (Na época, Dick Grayson), ela descobre que Donna, uma de suas funcionárias fez o desvio de dinheiro. Poderosa vai até a Tailândia, última localização de Donna, e encontra ela morta. A heroína conta isso a Cho e pede sua ajuda, ele aceita.
Poderosa e Batman interrogam o traficante Benjamin Vitale, que dá a eles um local para investigar a situação: Antártida. Poderosa vai até lá e enfrenta um inimigo estranho, que aparentemente tem poderes muito similares. Quando ela tira a máscara do vilão, na verdade, é vilã, sua clone.
A luta faz com que as duas vão parar na base de Max, e Poderosa vê que ele estava replicando várias kryptonianas, clonadas de Poderosa. Vendo que foi descoberto, Max utiliza raios de sol vermelho para anular Poderosa e Divina, sua clone, e destrói o local.

Poderosa corre para avisar a Liga da Justiça que Max está de volta, porém, no meio da conversa, o assunto se perde e todos continuam se esquecendo da situação. Um dos brincos comunicadores feitos por Cho que eram usados por Poderosa se perdeu. Quando ela foi localizar o outro brinco, se deparou com o Dr. Silvana e um projeto chamado de “Novo Cadmus”. Ela luta contra os seres criados pelo Doutor, destrói grande parte de sua base. Max aparece e controla Poderosa mentalmente, pedindo para ela matar a Liga da Justiça Internacional. A consequência? A morte do Capitão Átomo.

Sabendo que o Besouro Azul, Ted Kord, foi assassinato por Max Lord, Poderosa leva o cadáver de Kord até Dick para que ele veja que Kord foi assassinato, e não se matou. Bruce Wayne aparece, investiga, e confirma a versão de Poderosa. Lord é preso pela Liga da Justiça Internacional e a empresa de Poderosa se recupera financeiramente.
As últimas histórias de Winnick foram bem simples, uma contou com a participação da heroína Zatanna e de Superman, enfrentando um vilão que replicava poderes. A outra, foi com um meta-humano chamado Rayhan Mazin, que foi erradamente acusado de tentar derrubar um avião. No desespero ao ver que seu pai estava à beira da morte e que não seria liberado pra velo, Mazin foge da prisão e vai até o encontro de seu pai. Depois de um rápido confronto com Poderosa e Batman, ambos os heróis colaboram para que a justiça seja feita com Mazin, retirando suas acusações e punindo quem o acusou injustamente.

Era Matthew Sturges

Não há muito o que dizer pois Sturges ficou responsável apenas pelos dois últimos números da série. A história da Poderosa indo a uma conferência de fãs foi bem legal do ponto de vista da interação dela com as fãs, embora o roteiro fosse mais batido e muito similar a histórias da primeira fase da série. A última é um resgate de reféns ao redor do mundo em menos de um minuto.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

A fase Claremont/Byrne nos X-Men

“Mas os X-Men de Claremont e Byrne eram inegavelmente especiais, a mistura mais perfeita de angústia e exaltação que a Marvel já vira desde o Homem-Aranha de Lee e Ditko. A simplicidade visual não era apenas obra de Byrne, mas da equipe regular que começou a se formar: as delineações suaves do arte-finalista Terry Austin, os tons em altocontraste escolhidos pelo colorista Glynis Wein e as letras cuidadosamente uniformes, estilo art déco, do letreirista Tom Orzechowski formavam o conjunto para uma experiência de leitura simplificada, em contraste ao visual muitas vezes sombrio que se abatera sobre os gibis de super-herói. Em certo sentido, o visual de X-Men era o retorno às “Pop Art Productions” do auge da Marvel.” Retirado de Marvel Comics: A História Secreta

Os X-Men levaram muito tempo para alavancar na Marvel. Diferente do Homem Aranha e Quarteto Fantástico por exemplo, eles demoraram muito para terem uma maior expressão nas vendas e no coração dos fãs. Isso fez com que a revista fosse cancelada por um bom tempo. Então, em 1975, a maré começou a mudar.

A Reformulação dos X-Men
Nas mãos de Len Wein e Dave Cockrum os X-Men foram reformulados. O primeiro critério exigido pela Marvel era de que a equipe tivesse membros de diversas etnias, ordem essa vinda do presidente da Marvel na época, Al Landau. A ideia era de que o quadrinho vendesse mais em publicações no exterior. Contudo, os criadores não seguiram muito a lógica de mercado, adicionando por exemplo, Colossus, que é russo. Len Wein disse que não tinha preocupação mercadológica na hora de desenvolver os personagens.
Dave Cockrum tinha uma característica muito marcante em seu trabalho: a facilidade para criar uniformes. Além disso, o artista também tinha uma espécie de “catálogo” com diversos conceitos de personagens que ele guardava para usar quando requisitado.
No fim, o time internacional de personagens novos contou com o canadense Wolverine, o russo Colossus, o alemão Noturno, a americana, que morava no Quênia, Tempestade, o irlandês Banshee, o japonês Solaris e o nativo indígena Pássaro Trovejante.
A primeira missão do novo time, que seria liderado pelo até então membro da primeira equipe Ciclope, seria resgatar os X-Men da ilha viva Krakoa, em X-Men Gigante 1, de 1975. Na sequência, em X-Men #94, Chris Claremont, passa a assumir o título. Len Wein abandonou os mutantes pois queria continuar escrevendo seu herói favorito, o Hulk. Claremont aproveitou a deixa, pois já estava ciente de tudo que estava acontecendo com os mutantes. Ciclope e Jean (também membro do primeiro time) permaneceram com o novo time. A partir daí, algumas mudanças foram surgindo, como o envelhecimento de Wolverine, a mudança de personalidade de Noturno para um ser mais alegre, e Solaris saindo da equipe. Nas edições seguintes, tivemos a morte do pássaro Trovejante e a Saga da Fênix Original:
“Depois que Jean Grey foi dada como morta num acidente de avião, ela ressurgiu com mais poder que o necessário. Ela tivera acesso à “força-fênix... uma manifestação da força primordial do universo que deriva das psiques de todos os seres humanos e, por isso, tem poder ilimitado”. Não demorou para ela começar a emitir raios que lançavam inimigos a vinte quilômetros de distância e abrir portais para outros mundos. Claremont começou a apoiar-se em seus interesses pessoais por ocultismo e religião – quando um imperador insano tentou destruir o universo com um negócio chamado Cristal M’Kraan, Fênix recorreu a rituais cósmicos e cabalísticos para detê-lo.” Retirado de Marvel Comics: A História Secreta
John Byrne chegaria nos mutantes na edição #109, e continuaria desenhando a partir da #111 até a #143. Seu interesse veio numa junção das altas vendas da revista, aliados à exaustão de Cockrum, que reclamava da quantidade de personagens e já estava tendo problemas com os prazos.

Os autores
Chris Claremont

Christopher S. Claremont nasceu em 25 de novembro de 1950 em Londres, na Inglaterra. Seu objetivo era ser um ator de teatro, e entrou para o ramo de escrever histórias em quadrinhos apenas para ganhar dinheiro. Seu principal trabalho nas hqs foi com os X-Men, escrevendo-os ininterruptamente de 1975 até 1991, criando diversos personagens e sendo praticamente o escritor que estabeleceu os princípios da franquia, que são seguidos até hoje não só nas histórias em quadrinhos, mas também em outras mídias.

John Byrne

John Lindley Byrne nasceu dia 6 de Julho de 1950 em Walsall no Reino Unido. Trabalhou como artista e roteirista em diversas franquias como Superman, Quarteto Fantástico, X-Men, Mulher Hulk, dentre outros. John Byrne foi praticamente o desenhista mais conceituado de sua época, com quadros incríveis, uma habilidade muito grande nas expressões faciais e além de tudo, também era bom de escrita. Por onde passou, deixou um legado marcante.

- Uma dupla não muito unida

“Também se via drama nos bastidores. Quando o editor Roger Stern visitou Byrne em Calgary, Alberta, com provas da edição em mãos, Byrne estava estourando de raiva devido à forma como Claremont fazia os monólogos de Ciclope. “Fiquei tentado a jogar tudo pela sacada”, disse ele. “Estávamos sentados na minha sacada, lendo, e eu berrando, gritando, os vizinhos vindo perguntar: ‘O que está havendo aí?’.” Ele começou a escrever anotações nas margens em caneta azul, de forma que, se Claremont mexesse em alguma coisa, Byrne poderia pegar as páginas e provar que sua intenção era outra. Byrne reclamou, em alto e bom som, do que chamava de “claremontices”. Claremont certamente tinha tiques bem marcados – italicização excessiva para criar ênfases nos diálogos, mulheres autoconfiantes, laços psíquicos e personagens que sempre iam tirar férias no Reino Unido. Havia também os balões de pensamento com infinitas reflexões e os monólogos lúgubres. “Para o Chris, uma edição perfeita de X-Men”, Byrne disse uma vez, “seria 22 páginas com eles caminhando pelo Village ou no apartamento de Scott, ou algum lugar assim, e eles iam ficar sentados, sem uniforme, de jeans e camiseta, só conversando”. Claremont, da sua parte, disse que para ele só importavam as relações emocionais. “No meu entender”, disse a um entrevistador, “as lutas são encheção de linguiça”. Mas, numa época em que tantos gibis de super-heróis estavam desprovidos de personalidade, era tranquilo dar uma chance ao cara que investia tão forte em interação humana. A poderosa reencarnação de Jean Grey como Fênix era o barril de pólvora em várias das discussões. Byrne se esforçou para eliminá-la da série, preferindo dar destaque a Wolverine, seu predileto. Mas embora roteirista e artista parecessem estar sempre trabalhando um contra o outro, a colaboração que chegava à página impressa era hipnotizante, unificada em extravagâncias sci-fi e sentimentalismo humano. As vendas só subiam.” Retirado de Marvel Comics: A História Secreta

Características de escrita
“O ritmo bem pensado de Claremont e Byrne (e a capacidade rara de ambos em cumprir os prazos) permitiu-lhes carregar algumas das grandes ideias que serviram de distinção na obra de Starlin e Englehart – reflexões sobre corrupção, mortalidade, misticismo e totalitarismo – em traminhas baratas, mas tensas, síntese mais branda dos sucessos cults que os precederam. Eles faziam malabarismo com mais subtramas que o Quarteto Fantástico de Lee e Kirby e conseguiam encaixar bastante dramaticidade pessoal, no que os personagens glamourosos de Byrne – malares altos, lábios grossos, covinhas, olhos amendoados – eram veículo perfeito.”

- Anteriormente em X-Men...
Uma coisa que sempre pairava nas revistas mutantes durante o run que estamos destacando são os momentos em que eles relembram de alguma coisa, ou de tudo que aconteceu em edições anteriores. Vejamos algumas edições em que essa marca está presente:
* X-Men #112: revimos os X-Men como atrações de circo, sob o ponto de vista de Magneto.
* X-Men #121: temos uma retomada do que aconteceu com os mutantes até chegarem no Canadá para confrontar a Tropa Alfa;
* X-Men #125: relembramos da Saga da Fênix Original;
* X-Men #128: revisitamos a trajetória do mutante Proteus;
* X-Men #130: revemos a derrota dos X-Men para a telepata Emma Frost;
* X-Men #138: esta edição é praticamente um grande resumo de tudo que aconteceu com os X-Men até ali;
* X-Men #142: tudo o que aconteceu na edição anterior é resumido.

- As subtramas
Outra característica marcante dessa fase na revista mutante foram algumas cenas aparentemente despretensiosas, colocadas em alguns números, mas que de bobas não tinham nada. Era simplesmente uma prévia daquilo que estava por vir num futuro próximo, dando um gostinho para o leitor das próximas histórias. Nessa fase, vimos isso em:
X-Men #109: Aparição de James Hudson, líder da Tropa Alfa, confrontando Wolverine e, depois, os X-Men. Essa história seria retomada na edição #120.
X-Men #119: Angus McWhirter, um algoz dos X-Men é atacado por um mutante misterioso. Este é Proteus, que retornará na edição #125.
X-Men #122: A primeira vez que Jean Grey se encontra com Jason Wyngarde, grande responsável por controla-la e leva-la ao Clube do Inferno. Wyngarde voltará a incomodar Jean outras vezes, como nas edições #125 e #126, as vésperas da Fênix Negra.

- O cuidado com os personagens
“Também foi a saga mais novelesca já proposta pela Casa das Ideias, cheia de romances agonizantes, crises de confiança, sermões sobre moral, cicatrizes psíquicas e muita angústia. Na primeira história em que Claremont e Byrne criaram o argumento juntos, Jean Grey e Fera ficam separados do restante dos X-Men, um grupo achando que o outro está morto. Jean vai para a Escócia para arejar a cabeça; do outro lado do mundo, Ciclope senta-se perto de um lago e pensa: “Jean e Hank morreram... Como eu vou contar ao professor? Vai partir o coração dele. Estou surpreso que não tenha partido o meu. Surpreso... e um pouco assustado”. Acompanhado de Tempestade, ele se lamenta: “Por Hank senti luto, mas – não sinto nada por Jean. Depois daquele ônibus espacial, nada mudou entre nós, fora tudo. Ela não era mais a garota que eu amava”.” Retirado de Marvel Comics: A História Secreta

Aqui, temos a característica que pra mim é o grande mérito da escrita desta fase: O cuidado com os personagens. Embora estivesse ligado ao teatro, Chris Claremont conhecia muito bem as hqs, principalmente o Quarteto Fantástico, de Stan Lee e Jack Kirby. Uma das coisas que mais chamou sua atenção era como a equipe se portava como uma família, com membros de personalidade forte, que as vezes travavam um embate. Claremont quis trazer essa característica aos X-Men, e a fez com maestria.
Algo que já chama muita atenção é que esta preocupação não perpassa apenas pelos nossos heróis, mas também para os personagens mais coadjuvantes. Moira Mactaggert por exemplo, teve um desenvolvimento destacado durante a Saga de Proteus. Descobrimos que o mutante liberto da cela da Ilha Muir era seu filho e de que seu marido, um homem forte na política, rejeitou tanto ela quanto seu filho. Inclusive, temos uma menção de que o marido de Moira teria a agredido.
Alguns personagens tiveram um grande destaque nessa fase. Tempestade talvez seja a personagem mais sólida durante esta era. Não só vemos um amadurecimento muito grande da personagem, que no futuro se tornaria líder dos X-Men, mas também diversas descobertas sobre o seu passado, nos tempos em que quando era criança, quando foi treinada por Achmed El-Gibar e quando praticava roubos no Cairo, sendo uma de suas vítimas, o Professor Xavier.
Aproveitando a ponta, Xavier é um dos personagens que passou por grandes transformações dentro da trama. De início, vimos que ele estava muito preocupado com o time, ainda tratando os novos X-Men como criança. Ele é questionado por Ciclope, que ainda não tem a confiança do Professor. Essa confiança só é conquistada algumas edições depois, onde Xavier realmente vê que Scott cresceu bastante na liderança dos X-Men e é digno de sua confiança.
Ciclope faz a figura do líder preocupado. A pressão sobre os ombros do líder dos X-Men é enorme, tendo que lidar com um grupo de heróis com personalidades fortes, e que nem sempre irão obedecer ele no campo de batalha. Além disso, sua relação com Jean sofre diversos abalos pelo caminho. Primeiro, o mutante acreditou na morte de Jean após a batalha contra Magneto. Assim que eles se reencontram, na Saga de Proteus, logo em seguida Jean acaba sendo convertida ao Clube do Inferno, e, posteriormente, se tornando a Fênix Negra. Ciclope inclusive protagonizou um dos diálogos mais tensos de toda a fase, mostrando muita coragem.
Jean Grey, por sua vez, é a grande protagonista da melhor fase do run Claremont/Byrne: A Saga da Fênix Negra. Toda a trajetória da personagem é espetacular, desde o período de lamentação pela morte de Scott (na batalha com Magneto, ela e Fera acreditavam que os demais X-Men estavam mortos), a perturbação causada por Jason Wyngarde, a controlando até os dias de Fênix Negra, que culminaram na sua triste morte.
Colossus tem como característica marcante sua saudade de casa. Sempre que a oportunidade se apresenta, vemos Colossus dizer que tem a alma de um fazendeiro, e que não necessariamente gostaria de estar vivendo aquela vida de herói. Muitas vezes vemos ele negar o fato de que os X-Men são sua família, em lealdade a sua família russa. O personagem viveu um dilema moral quando foi enfrentar o mutante Proteus, se vendo forçado a mata-lo.
Noturno foi praticamente o grande alívio cômico da equipe. Sempre muito bem humorado e positivo, algo que vai de contrapartida a sua aparência. Ponto para os autores. Apesar dessa positividade, o personagem se questionou bastante sobre defender Jean Grey durante o julgamento por combate, durante o fim da Saga da Fênix Negra, fazendo associações com o assassinato dos judeus pelos nazistas.
Kitty Pryde surgiu durante a Saga da Fênix Negra, sendo apresentada na número #129. Ela de cara simpatiza com os X-Men, os ajuda numa missão e, na edição #138 entra para o time, para ser a protagonista de Dias de um Futuro Esquecido. E isso tudo era só o começo.
Por fim, Wolverine. Quem diria que um personagem criado para ser vilão do Hulk viria a se tornar um dos membros mais populares dos X-Men, e que anda ganharia sua revista solo no futuro. John Byrne gostava muito do personagem e fez com que Claremont desistisse da ideia de mata-lo. O resultado? Descobrimos que Wolverine trabalhou para o governo canadense, falava japonês, que seu nome era Logan e, que se apaixonaria pela japonesa Mariko Yashida, que no futuro, seria peça fundamental em sua primeira história solo, a minissérie de 1982, escrita por Claremont e desenhada pela lenda Frank Miller. Wolverine era o mais marrento e instável de todo o grupo, seguindo bem a lógica que Byrne pretendia, de tornar o personagem capaz de cortar alguém simplesmente por um bom dia mal dado. A desconstrução dessa personalidade psicótica viria anos depois, na minissérie. 

Características de Arte
- As expressões faciais
John Byrne estava à frente de seu tempo. E um dos destaques disso eram suas expressões faciais que conseguiam passar exatamente o teor da cena.
Kitty enfrentando um N'Garai. Destaque para as expressões de susto e dor.

Raça alienígena à beira de sua extinção, após a absorção da estrela principal de seu sistema pela Fênix Negra

"Agora é minha vez", quadro clássico de Wolverine nos esgotos. 

- As capas
As capas são um show à parte, a ponto de Byrne se preocupar até mesmo com o logo dos X-Men. Uma curiosidade: A capa de Dias de um Futuro Esquecido provavelmente foi a capa mais repetida da história das histórias em quadrinhos. Até mesmo fora da indústria ela foi inspiração, como em uma capa da revista Época tratando da operação Lava Jato.
Os X-Men enfrentando Magneto

Primeira capa com a Fenix Negra com o logo dos X-Men esmagado

Capa seguinte, com o logo consertado. Apesar do desenho de capa, essa cena não acontece, pelo menos não dessa forma

A icônica capa de Dias de um Futuro Esquecido

Capa da revista Época, claramente inspirada na desenhada por Byrne

Cenário do jogo Ultimate Marvel vs Capcom 3, mais uma referência a hq

- As cenas de ação
Dinamismo é a marca. Algumas poses inclusive se tornaram referências dos personagens, como essa de Wolverine.
Wolverine partindo pra cima de Sauron. Essa pose de Wolverine foi referência para muitos produtos como camisas e cadernos

Wolverine atacando a segurança do Clube do Inferno

Confronto dos X-Men contra Magneto

Os X-Men em busca da Tropa Alfa

A trajetória
É notória que Claremont/Byrne seguiram seu run na revista mutante de forma contínua. Contudo, optei por seguir a ordem mais lógica de sagas, baseadas nas divisões dos encadernados mutantes.

- O começo (#109)

Na edição #109, temos a primeira hq da parceria Claremont e Byrne. Os X-Men estão de volta a sua casa, na mansão do Professor Xavier. A grande mudança do time foi que Jean Grey se tornou Fênix, após um conflito no espaço (Na Saga da Fênix Original). Alguns membros dos X-Men resolvem sair para um piquenique, são eles Colossus, Tempestade, Wolverine, Banshee e Moira. Wolverine estava no grupo e resolveu sair pra caçar. Durante a caça, é surpreendido por um velho amigo, James Hudson, o Arma Alfa. Eles entram em um conflito, que acaba envolvendo os demais X-Men que estavam no piquenique. Vendo que estava em desvantagem numérica, o Arma Alfa foge.
Logo de cara, já podemos notar que havia uma grande preocupação para demonstrar a personalidade dos heróis. Vemos que Tempestade gosta de cuidar de plantas, Noturno é muito bem humorado, Ciclope inseguro com a transformação de Jean Grey e Wolverine mal humorado. Além disso, a primeira pista sobre um possível passado de Wolverine surge, já que o vilão do número, o Arma Alfa, já o conhecia e vice-versa.
Por fim, essa história não terá sequência no próximo número, será trabalhada mais tarde, pois era hora do retorno de um velho conhecido dos X-Men.

- A Volta de Magneto (#111 a #113)
Vamos então para a #111, onde os X-Men estão estranhamente presos a um circo, sendo atrações. Na escolha de qual tipo de atração os heróis serão, vemos uma certa lógica com suas personalidades: Tempestade é tratada como uma deusa; Wolverine é um selvagem; Noturno, um demônio; Ciclope é o segurança de Jean Grey.
O mutante Fera aparece neste número. Ele foi um membro dos X-Men originais e agora integrava a equipe dos Vingadores. Fera descobre que Mésmero foi o grande responsável pelo plano. Na luta contra membros do circo, sua força de vontade desperta Wolverine, que se livra do controle mental do vilão e começa a busca pela libertação dos X-Men. Fênix foi a primeira, e assim que foi liberta, aproveitou a extensão de seus poderes para imediatamente recompor o time. Ao final, Mésmero é facilmente derrubado por outro vilão que estava afim de acertar as contas com os X-Men: Magneto.
Na #112, Magneto utiliza a própria estrutura onde os X-Men estavam para leva-los a sua base, na Antártida. No caminho, ele aproveita para contar aos heróis como conseguiu chegar até eles, através da busca de Fera. Ao chegarem a base, os X-Men vão ao confronto com o mutante. Totalmente desorganizados, são facilmente derrotados e revertidos a um estado mental infantil, algo que Magneto diz que os X-Men fizeram com ele. Aqui, vimos uma característica da escrita de Claremont, onde revemos os X-Men enquanto atrações de circo, mas sob o ponto de vista de Magneto. A insegurança de Ciclope após ver os X-Men caindo um a um por terem lutado individualmente também é marcante.
Em X-Men #113, uma robô chamada Babá está cuidando dos X-Men, enquanto Magneto realiza ataques a bases militares na Oceania, visando roubar equipamentos militares necessários a seus planos, que não são muito claros. Voltando a Antártida, Tempestade tenta escapar, utilizando suas habilidades motoras muito desenvolvidas, apesar do estado mental infantil. A explicação para isso? Um flashback da infância de Ororo, quando ela foi treinada por Achmed El-Gibar, para ser mestre em furtos e escapes. Magneto nota uma falha de segurança ao chegar ao Asteroide M, sua base principal. Quando retorna a Antártida, se depara com os X-Men. O confronto é mais equilibrado, pois Jean Grey consegue conectar mentalmente todos os heróis, fazendo com que as ordens de Ciclope, líder da equipe, sejam passadas de forma mais ágil aos demais X-Men. O embate faz com que a base de Magneto comece a ceder. Magneto consegue fugir. Os X-Men são dados como mortos.
Assim terminamos o primeiro arco da fase Claremont/Byrne. Apesar da vingança de Magneto ser algo simples, destaco a excepcional edição #111, que inclusive ganhou um Eagle Awards de melhor edição, sendo muito bem escrita e desenhada. As sequências de ação contra Magneto em sua base são espetaculares, com muitas cores e dinamismo. Por fim, um ótimo adendo a história de Tempestade, em sua infância.

- Quem é Mésmero?

Mésmero é um vilão dos X-Men cujo poder é o controle mental. Sua limitação é ter de olhar para a pessoa. Fez sua estreia em X-Men 49, de 1968.

- Qual a razão para Magneto querer vingança com os X-Men?
Magneto criou o mutante Alpha, com o objetivo de incrementar as forças da irmandade. Contudo, cada vez que usava seu poder, Alpha aumentava sua inteligência. Ao observar o confronto entre Magneto e o grupo de heróis “Defensores”, decidiu que a Irmandade deveria ser punida, e reduziu a idade mental de todos os membros. A pedido do Professor Xavier, Moira foi a responsável por cuidar de Magneto infantilizado. Ela tentou alterar sua genética e ter cuidados com sua criação para tentar torna-lo mais amigável, até que o Shiar Erik O Vermelho fez com que ele voltasse ao normal.

- A Terra Selvagem (#114 a #116)
Fera e Fênix escapam em meio a gélida Antártida. Eles conseguem contatar um helicóptero que faz o resgate dos heróis. Ao se encontrarem com Xavier, dão a notícia ao professor: Os X-Men estão mortos. A ironia é que o restante do grupo ficou pela região, e acreditam que Fera e Jean estão mortos. Os X-Men vão se adaptando a sua nova estadia, a Terra Selvagem.
Um atrito entre Wolverine e Ciclope ocorre durante uma luta na Terra Selvagem. O líder dos X-Men discordou da imprudência do mutante canadense ao tentar lutar com um local, enquanto Wolverine respondeu dizendo que Ciclope não tinha porque ficar preocupado, pois ele derrotou o inimigo. A derrota veio a partir do famoso “Arremesso Especial”, onde Colossus arremessa Logan com toda a força em direção a um inimigo. Após o conflito, Tempestade é abordada por um homem misterioso, que rouba sua energia e se transforma, autodenominando-se Sauron.
No confronto contra Sauron, Wolverine já perde a paciência e o ataca de cara. O vilão, mais esperto, consegue controlar Logan e o voltar contra os X-Men. Ciclope consegue trazer Wolverine para o lado certo. Sauron se enfraquece e volta a ser um humano comum, um amigo de Ka-Zar, um dos líderes da Terra Selvagem. Wolverine vai confrontar o homem mas Ka-Zar o defende, e ambos ameaçam um confronto, apaziguado por Ciclope, que já conhece o nativo. Ka-Zar aproveita a situação e pede ajuda aos X-Men para lidar com dois vilões que ameaça a existência da Terra Selvagem: Zaladane e Garrok.
Ao irem até uma cidadela forjada por Garrok, os X-Men são surpreendidos pela guarda aérea local, que os sequestra. Três membros conseguem escapar: Wolverine, Tempestade e Noturno. O trio vai em busca de seus amigos e depois de uma abordagem mais furtiva, os libertam. Ciclope tenta chegar até Garrok mas vê o vilão escapar. A cidadela de Garrok vem abaixo depois dos confrontos. Após ajudarem seu amigo, era hora de partir da Terra Selvagem.
Essa etapa da Terra Selvagem funcionou mais como uma transição para os X-Men. Claremont e Byrne definitivamente tiraram Jean Grey da jogada, a levando para a mansão e fazendo ela acreditar que os X-Men estão mortos. Talvez para não se complicarem com o alto nível de poder da personagem, que tornaria a luta contra outros vilões algo mais trabalhoso. A ideia de que cada grupo de X-Men acha que o outro morreu foi uma ótima sacada, e adicionou pontos interessantes a alguns personagens. Ciclope por exemplo, se questiona sobre o fato de não sentir tanto remorso pela “morte” de sua amada Jean Grey.

- Ka-Zar já encontrou Ciclope antes. Quando?

Em X-Men #10, ainda na era Lee/Kirby. Foi a primeira aparição de Ka-zar em uma hq.

- A Lenda de Garrok

Garrok não é necessariamente uma única pessoa, e sim algo a ser invocado, de um ser que já dominou a Terra Selvagem em tempos passados.

- X-Men no Japão (#117 a #119)
Na #117, vemos os X-Men saindo da Terra Selvagem em meio a uma grande tormenta, que afeta bruscamente sua viagem. Até Tempestade que tem os poderes adequados a este tipo de situação tem dificuldade para ajudar os mutantes. Uma embarcação de maior porte, que está em uma missão militar, resgata os X-Men em meio ao caos natural.
Na mansão, Xavier encontra Lilandra, imperatriz do Império Shiar e conta muitas coisas sobre sua vida. Uma delas, foi o período que esteve no Cairo e teve sua carteira roubada por ninguém menos que Tempestade, ainda uma criança. Xavier recupera sua carteira e investiga quais seriam as motivações da criança. No caminho, encontra Farouk, um mutante com capacidades psíquicas, assim como Charles. Eles entram em confronto mental e Xavier sai vencedor. A partir daquele dia, ele se sentiu incentivado a formar uma equipe de mutantes para se tornarem heróis e evitar que pessoas como Farouk pudessem fazer o que bem entendem.
Ao chegar ao Japão, no porto de Aragashima, os X-Men veem a cidade em chamas, porém totalmente evacuada. Wolverine lê um jornal local e descobre que a evacuação ocorreu após uma possibilidade de terremoto. Ciclope lidera os X-Men até o Solar Ancestral dos Yashida, onde encontram Solaris, que era um membro dos X-Men. Solaris é bastante impaciente, e discute asperamente com o Primeiro Ministro Japonês, pelo simples fato de que a autoridade queria que os X-Men ajudassem na situação do terremoto. Alguns robôs denominados Mandroides vão ao ataque dos X-Men mas perdem rapidamente. Os mutantes depois descobrem que Moses Magnum é o responsável pelos ataques ao Japão, e ameaça afundar o país.
Os heróis vão a base de Magnum. No confronto direto, o vilão leva bastante vantagem e vai até a consolidação de seu plano. Porém, na hora de utilizar seu poder é bloqueado por Banshee, que faz um esforço extremo para deter o vilão. Os X-Men vencem.
No fim da edição #119, Angus MacWhirter, um velho conhecido dos X-Men tenta invadir a Ilha Muir mas é surpreendido por um mutante misterioso que o absorve.
Tivemos grandes ganhos em termos de desenvolvimento de personagens aqui. Para Tempestade, mais um complemento aos seus dias de infância. Para Wolverine, uma nova paixão, a japonesa Mariko Yashida, que viria, anos depois, ser a pivô da talvez melhor história do personagem. Além disso, descobrimos que ele fala japonês e que seu nome é simplesmente “Logan”. E Banshee, após o extremo esforço, fica incapaz de usar o seu poder.
O enredo seguiu a linha mais simples dos anteriores, mas acredito que o vilão não convenceu o suficiente. Por fim, uma ponta para a Saga de Proteus na Ilha Muir, na edição #119.

- Quem é Moses Magnum?

Tendo sua primeira aparição na hq do Homem Aranha, no ano de 1975, Moses Magnum tem os poderes de soltar energias sísmicas de seus dedos, podendo causar terremotos e até mesmo, transportar matéria terrestre. 

- O Confronto com a Tropa Alfa (#120 e #121)
A Tropa Alfa finalmente aparece por completo. Além de James Hudson, que apareceu na edição #109, somos apresentados a Sasquatch, Estrela Polar, Aurora, Shaman e Pássaro de Neve. O primeiro ministro canadense exige de Hudson a volta de Wolverine. Enquanto os X-Men estão voltando do Japão, uma tempestade entra em seu caminho e os faz forçadamente pararem no Canadá, em Calgary. A Tropa Alfa já está lá, pronta para confrontar os mutantes. Eles conseguem fugir, mas Wolverine é capturado na rua por Sasquatch.
Os X-Men então resolvem procurar Wolverine e Noturno, que também sumiu. Ao encontrarem, vão para o confronto com a Tropa Alfa. Shaman havia sido o responsável pela tormenta que estava afetando os X-Men em sua viagem, porém ele perde o controle do que havia causado. Tempestade reúne um grande esforço e evita uma catástrofe maior. Cansada, é atacada por Estrela Polar. Ciclope se enfurece e parte pra cima do canadense. Após toda essa tensão, Wolverine resolve se entregar para dar fim ao conflito. Contudo, quando os X-Men vão voltar para a mansão, veem que... Wolverine está no jato.
John Byrne praticamente fez a Tropa Alfa pronta para ter sua própria revista. Personagens variados em poderes, com grande personalidade e com um background razoável. Além disso, foi a primeira subtrama trabalhada pela dupla Claremont/Byrne que foi concluída.
Wolverine mais uma vez ganhou uma ponta de seu passado, ao sermos revelados de que Logan agia como um selvagem e foi reeducado por James Hudson, para se comportar como um humano novamente.

A Tropa Alfa

Arma Alfa/Guardião/Vindicator: É o líder da equipe. Veste um traje com a bandeira do Canadá, que lhe permite voar e controlar o campo magnético terrestre. Atende pelo nome de James Hudson e é um cientista
Estrela Polar: Jean-Paul Beaubier é um mutante capaz de gerar luz e tem supervelocidade
Aurora: Jeanne-Marie Beaubier possui os mesmos poderes de seu irmão, Jean.
Shaman: Michael Twoyoungmen é um habilidoso médico e feiticeiro.
Pássaro de Neve: Narya é uma semideusa do povo Inuit (habitantes nativos de regiões gélidas no norte da América), e possui os poderes de se transformar em animais nativos do Canadá.
Sasquatch: Atende pelo nome de Walter Langowski. Também é um cientista. Pode se transformar em um monstro. A explicação original seria algo similar à radiação gama que também transforma o Hulk, mas a oficial é a de que Sasquatch é um monstro místico.

- Arcade (#122 a #124)

A edição #122 tem característica de transição. Vemos Colossus treinando na Sala de Perigo e Wolverine o incentivando de uma forma bem incomum para conseguir vencer os desafios. Tempestade sai até as ruas do Harlem em Nova Iorque, para revisitar a casa onde morou, e acaba numa confusão com moradores da região encontrando Luke Cage e Misty Knight. Jean Grey continua na Ilha Muir com Moira e pela primeira vez se encontra com Jason Wyngarde, quer será importante no futuro. No fim da edição somos apresentados ao vilão Arcade, que a mando de Fanático e Black Tom Cassidy tentará matar os X-Men.
Na edição seguinte temos a aparição rápida do Homem Aranha. Arcade sequestra os X-Men e os coloca em desafios que mexem com suas habilidades principais. Ciclope é o primeiro a vencer os desafios, ajuda Wolverine em seguida, mas ambos são surpreendidos por Colossus, que é subvertido por Arcade e confronta os heróis. Quando Noturno consegue se libertar, ele se teleporta a sala de controle do mundo de Arcade e destrói os comandos, fazendo com o que o vilão assuma sua derrota, liberte os demais X-Men e fuja.
Arcade era um vilão novato nas hqs, e veio cedo para as histórias dos X-Men. Acredito que a ideia nessa fase foi tentar resgatar a mesma técnica utilizada na história de Mesmero, na edição #111, buscando um enredo onde o plano do vilão tivesse relação com a personalidade dos heróis, e o ápice disse foi Colossus. O russo foi colocado numa espécie de terror psicológico por um dos robôs de Arcade, que fazia duras cobranças quanto a sua lealdade ao seu país. Como Claremont já havia construído que Piotr tinha uma grande saudade de casa e de sua vida de fazendeiro, ele foi facilmente convencido a ir contra sua nova família. Ponto para o autor.

- Fanático e Black Tom Cassidy

Fanático apareceu pela primeira vez em X-Men #12, era Lee/Kirby. Na sua primeira luta contra os X-Men, só pode ser derrotado porque Xavier o atacou psiquicamente. Possui grande força e invulnerabilidade, obtidos após exposição com a joia de Cyttorak, ou seja, Fanático não é mutante.
Black Tom apareceu pela primeira vez em X-Men #99, já com Claremont nos roteiros e Cockrum nos desenhos. O mutante tem o poder de rajadas de energia utilizando madeira como condutor. Sua aliança com Fanático surgiu em uma prisão.

- Saga de Proteus (#125 a #128)

A Saga de Proteus irá retomar a subtrama de Angus MacWhirter, capturado por um mutante misterioso, que é justamente Proteus.
Os X-Men se encontram na mansão, treinam na Sala de Perigo e Wolverine mais uma vez discute com Ciclope. Fera chega até a mansão e é atacado por Noturno que leva um susto e avisa aos X-Men. Fera finalmente descobre que seus amigos estão vivos. Os X-Men então vão a Ilha Muir para encontrar Jean. Um pouco antes, Jean mais uma vez se vê como uma aristocrata do século XVIII em alguns momentos, apaixonada por Jason Wyngarde. Por fim, Moira descobre que o mutante que mantinha preso na Ilha fugiu.
O mutante, até então identificado como Mutante X é filho de Moira e vai vagando pela Escócia, procurando novos hospedeiros. Os X-Men agora reunidos, vão atrás do mutante. Wolverine e Noturno o encontram primeiro mas são facilmente derrotados, assim como Tempestade que foi ao resgate da dupla. Moira demonstra um certo rancor pelo pai de seu filho.
Na edição #127 Moira salva os X-Men atirando em Proteus, mas Ciclope a impede de matar seu filho. Moira se enfurece e nocauteia Ciclope. O líder dos X-Men se reencontra com o time e fica receoso quando ao abalo de Wolverine e resolve fingir uma briga com o mutante. Ele surpreende a todos os X-Men, não só agredindo Logan mas também os demais mutantes. Depois ele diz que fez aquilo apenas para verificar se “estavam” bem. Essa cena é bem semelhante a provocação de Wolverine em Colossus no treino da Sala de Perigo, na edição #122.
Moira vai até Edimburgo avisar ao seu marido, Joe, que seu filho está vivo e está vindo atrás dele. Ela a ignora por completo, estando muito mais preocupado com sua carreira política. Proteus chega até Joe e toma seu corpo. Quando os X-Men o encontram é tarde demais.
Depois de várias tentativas, Ciclope vê que não há outra opção a não ser matar Proteus. Era de conhecimento da equipe que metal era um dos pontos fracos do inimigo, então Colossus realiza o ataque final, dando fim a vida de Proteus.
Essa história é a primeira em que podemos dizer que o equilíbrio entre drama e ação foi perfeito. Moira ganhou muito enquanto personagem, onde conhecemos um pouco de seu sofrido passado, ao lado de seu marido que a agredia e tentando cuidar de um filho que nasceu mutante. O drama era tanto que a mesma não hesitou ao tentar matar seu filho, ao mesmo tempo que chorou sua morte.
No quesito ação, foram quatro edições com muitas perseguições e destruição. Um belíssimo trabalho de John Byrne com diversos quadros cheios de ação e cores vibrantes. Mas, o melhor ainda estava por vir.

A Saga da Fênix Negra (#129 a #137)

O ápice da fase Claremont e Byrne é, sem dúvidas, a Saga da Fênix Negra. Considerada por muitos a história definitiva dos X-Men, foi a maior saga de autoria da dupla, tendo 9 edições no total, sendo a última, uma edição dupla.
Ao fim da Saga de Proteus, os X-Men partem para a casa, com exceção de Banshee, que aproveita a incapacidade de usar seus poderes para ficar na Ilha Muir e ajudar Moira a lidar com a perda de seu filho. Na volta pra casa, os X-Men se preparam para o combate pois há um invasor na mansão. Mas, o invasor era ninguém menos que o Professor Xavier, de volta de sua estadia com Lilandra, no espaço.
Utilizando o cérebro, o Professor encontra dois mutantes: Kitty Pryde e Alison Blaire. Colossus, Wolverine e Tempestade vão até a casa de Kitty visita-la. Um pouco antes deles chegarem, a jovem já havia manifestado seus poderes, caindo do quarto para a cozinha: ela podia “fasear” e atravessar objetos sólidos. Ainda antes dos X-Men chegarem, outra pessoa já havia procurado por Kitty, Emma Frost, da Escola de Massachusetts e também membro do Clube do Inferno, como iremos descobrir mais tarde. Kitty simpatiza de cara com os X-Men e eles saem. Tempestade revela quem eles são e anima mais ainda Kitty. Surpreendentemente, os heróis são atacados por robôs, que estão prontos para lidar com suas habilidades. Após uma troca de oponentes, os X-Men vencem, mas logo em seguida são derrotados telepaticamente por Emma Frost. Kitty, que havia fugido da batalha consegue escapar.
O resto do time, com Noturno, Fênix e Ciclope, vai a busca da outra mutante, ainda desconhecida deles. Eles vão até um local bem sujo e velho, assistir à apresentação da cantora “Cristal”. Jason Wyngarde, que vinha entrando na mente de Jean há um tempo, aborda a jovem, a faz cair numa ilusão de casamento e a beija a frente de Ciclope. O ataque de Jason neste momento era apenas uma prévia de seu plano de longo prazo. Scott fica sem entender nada e segue focado em sua missão. Cristal surge, e faz um show de luzes que entrega aos heróis que a mutante identificada por Xavier, era ela. Os mesmos robôs que atacaram o outro trio que foi até Kitty ataca esses X-Men também, e são derrotados. Os heróis alertam a Cristal de que ela é uma mutante, e pedem sua ajuda. Enquanto isso, Kitty tenta salvar os X-Men sequestrados mas é descoberta.
Kitty é encontrada pelo grupo de X-Men com Cristal. A jovem mutante é requisitada pelos heróis para invadir o local onde os demais mutantes estão sequestrados e libertá-los. Kitty liberta Wolverine, é acertada, mas Logan termina o serviço. Ao voltar para a casa, os pais de Pryde estão revoltados com o sumiço de sua filha. Jean Grey então resolve, pela primeira vez em sua vida, alterar os pensamentos dos pais da jovem para que eles não importunem mais os X-Men. A atitude gera estranheza de Ciclope.
Por falar no líder dos X-Men, o mesmo deduz que é de muita estranheza que os vilões que os atacaram sabiam muito sobre seus poderes. Num ato visando surpreender os inimigos, levam os X-Men até a casa de Warren Worthington III, o Anjo, um dos membros dos X-Men originais. Numa conversa com Ciclope, Anjo revela que já fez parte do Clube do Inferno, e explica detalhes. Depois disso, Jean estabelece um elo mental com Scott. Com todo o conhecimento do funcionamento do clube, Ciclope lidera os X-Men para o embate com os vilões. Na mansão, Jason toma o controle da mente de Jean mais uma vez, só que agora, em definitivo: ela é a Rainha Negra do Clube do Inferno. Ciclope descobre que Jason é, na verdade, Mestre Mental, vilão antigo dos X-Men. Somos apresentados a todos os vilões do Clube: Sebastian Shaw, Donald Pierce, Leland, além de Emma e Jason, já revelados anteriormente. Os X-Men são facilmente derrotados e Wolverine é dado como morto. Porém, sobre o canadense, o Clube do Inferno irá descobrir que estão muito errados.
Sem opções, Wolverine resolve invadir o Clube do Inferno pra resgatar os X-Men. Enquanto Logan derruba todos que vê pelo caminho, Ciclope utiliza-se do elo mental que estabeleceu com Jean para entrar na mente da moça. Jason Wyngarde intervém e faz um duelo de mentes contra Scott, o vencendo facilmente.
Wolverine chega até o local onde os X-Men estão mas é acertado pela Rainha Negra. Porém, a tentativa de Ciclope a desperta, fazendo com que ela volte a ajudar os heróis. O Clube do Inferno vai sendo derrotado pouco a pouco. Contudo, a tentativa de controle de Mestre Mental sobre Jean Grey afeta a entidade Fênix, que humilha o vilão, dando a ele a dimensão do Poder da Fênix, fazendo com que ele caia, incapaz de controlar. Quando os X-Men entram no jato, o desastre é iminente: Jean Grey se torna a Fênix Negra.
O jato dos heróis é destruído, e eles mal conseguem oferecer resistência a poderosa mutante, agora tomada por completo pela vontade da Fênix. Ela sai do Planeta Terra, precisando de energia e a encontra: Ela absorve por completo uma estrela e compromete a vida de muitos planetas e bilhões de seres. Uma nave Shiar detecta Fênix e tenta impedi-la, também sem sucesso. Logo após esse rastro de destruição, ela volta ao planeta Terra, e Ciclope toma conhecimento da volta, através de seu elo mental com Jean.
A Fênix Negra vai até sua casa, e tem uma rápida conversa com seus pais. Ao sair de casa, Noturno a surpreende com um aparelho criado por Fera, que afeta a mente da agora vilã. Os X-Men se esforçam, mas perdem a batalha. Ciclope então aborda a Fênix Negra, numa conversa onde prova que Jean ainda pode ter controle, devido a hesitação em ataca-lo. Xavier chega e apaga a Fênix, que levanta rapidamente. Os dois travam uma batalha mental vencida por Xavier. Quando tudo parece bem, os heróis são misteriosamente teletransportados.
Os X-Men se deparam com Lilandra, que diz que devido aos crimes cometidos, Fênix deve morrer. Xavier desesperadamente pede por um julgamento por combate. As raças alienígenas não se opõem ao pedido, pois sabem que sua vitória será fácil. Os X-Men se preparam para a batalha. Na área azul da lua, aos poucos, vão sendo derrotados. Jean Grey então perde o controle do poder da Fênix após ver Ciclope ser ferido. Desesperada, a mutante sabe que só há uma solução para terminar com seu sofrimento. Após uma longa e triste conversa com Ciclope, Jean se mata.
Conforme disse anteriormente, o ápice da fase Claremont/Byrne e também ápice dos X-Men em toda a sua trajetória. A Saga da Fênix Negra conta com um enredo minuciosamente bem escrito, construído desde as investidas de Jason Wyngarde na mente de Jean Grey, a controlando aos poucos, até o seu trágico fim.
A arte de John Byrne está mais no ponto do que nunca. Suas sequências de ação, com destaque para Wolverine vs Clube do Inferno e a Fênix Negra absorvendo o poder de uma estrela são sensacionais. Além disso, seu trabalho com as expressões faciais são de encantar. Os personagens mais do que nunca muito bem desenvolvidos. Os dramas de Jean e Ciclope e os questionamentos dos X-Men antes da batalha de suas vidas para salvar sua amiga são um legado eterno para a franquia. E por fim, uma ponta para o futuro: a aparição do Senador Kelly e o surgimento de Kitty Pryde, futura protagonista de outra grande história.

- O polêmico fim da Saga da Fênix Negra
Polêmico? Como um final tão espetacular pode ter sido polêmico? Tudo aconteceu quando o final original de Saga da Fênix Negra estava pronto. Tudo ia conforme os planos. Porém, Jim Shooter, o editor-chefe ficou muito incomodado. Nas palavras do próprio: “Uma personagem destrói um mundo habitado por milhões de pessoas, devasta uma nave espacial e aí – bom, aí ela perde os poderes e fica à revelia na Terra... Me parece que é o mesmo que capturar Hitler vivo no fim da Segunda Guerra Mundial, tirar o exército alemão e deixá-lo morar em Long Island.”
No final original. Jean sofreria uma lobotomia após a derrota dos X-Men. Shooter insistiu e Claremont e Byrne refizeram as páginas finais de um projeto de anos em dias. Foi a primeira grande intervenção em uma história da carreira de Shooter.
A recepção por parte dos fãs foi extremamente negativa. Claremont recebeu ameaças de morte, mesmo tendo dito em entrevista que Shooter tinha, na verdade, melhorado o enredo, embora se sentisse prejudicado a longo prazo. Segundo o autor: “chega-se a uma situação em que posturas distintas e séries distintas refletem as posturas morais e filosóficas distintas de roteiristas e artistas distintos”. Ironicamente, hoje temos essa Saga entre as melhores não só dos X-Men mas dos quadrinhos como um todo, mesmo apesar da negatividade da época.

- O que é o Clube do Inferno?

O Clube do Inferno existiu no século XVIII, na Grã Bretanha. Eram clubes de alta sociedade, que tinham pessoas envolvidas em altos cargos políticos. O Clube do Inferno das hqs inspirado no da vida real, com seus membros:
Sebastian Shaw: Era o Rei Negro do Clube do Inferno. Seus poderes são de absorção de energia que pode ser convertida em força.
Donald Pierce: Era o Rei Branco. Não era mutante, e sim um Ciborgue.
Harry Leland: Bispo Negro do Clube do Inferno, com o poder de ampliar a massa de si próprio ou de outras pessoas.
Emma Frost: A Rainha Branca do Clube, tem o poder de telepatia. Muitos anos depois viria a fazer parte dos X-Men.
Jason Wyngarde: É o vilão Mestre Mental, com os poderes de projetar ilusões mentais.

- Kitty Pryde e Cristal

Kitty era uma mutante judia, muito inteligente e que gostava de dança. Seus poderes são de atravessar objetos sólidos. Foi a queridinha dos fãs por um longo tempo.

Cristal é Alison Blaire, possuindo o poder de transformar som em luz. Além de ser uma mutante, sabe cantar e levava uma vida de artista.

- O Mestre Mental

Ciclope já o conhecia pois ele apareceu em X-Men #4 de 1964.

- Elegia (#138)
Elegia é na verdade um grande resumo de toda a trajetória dos X-Men até aquele número, sob o ponto de vista de Ciclope. Os pensamentos do líder dos X-Men se passam durante o funeral de Jean Grey. Ao fim da história, Ciclope deixa os X-Men e Kitty Pryde chega para ser membro da equipe.

- Wolverine volta ao Canadá (#139 a #140)

Esse arco tem como foco principal Wolverine. O mutante diz a Xavier que pretende ir para o Canadá acertar as pontas soltas do último confronto dos X-Men com a Tropa Alfa. Noturno o acompanha nessa viagem. Chegando ao Canadá, Logan se encontra com sua velha amiga Heather, que diz que James, seu marido e o líder da Tropa Alfa estava em missão. Encontrando com a Tropa Alfa, eles descobrem que a ameaça é Wendigo, um monstro místico do Canadá. Era hora de frear a ameaça. Enquanto isso nos Estados Unidos, Tempestade apresentava Stevie Hunter, uma professora de dança, a Kitty Pryde, amante dessa arte.
Voltando ao Canadá, Wolverine e a Tropa Alfa derrotam Wendigo. Apesar do sucesso da missão, James Hudson não recebe a melhor das notícias: O governo canadense suspendeu o orçamento da Tropa Alfa, seu time de super-heróis. Ao fim da edição #140, um velho vilão dos X-Men chamado Blob foge da prisão e está pronto para integrar a nova Irmandade de Mutantes.
Mais uma fase que colabora com o desenvolvimento de Wolverine. Temos mais detalhes de seu passado e uma relembrança de sua primeira aparição nas hqs, onde lutou com Hulk e Wendigo. Noturno descobre que o nome de seu amigo é Logan. Ademais, temos a ponta para o próximo arco, Dias de um Futuro Esquecido.

- Wendigo

Wendigo são seres brancos e monstruosos, que possuem grande força e resistência, sendo praticamente imortais. É uma maldição onde aqueles que comem carne humana, se tornam o monstro, sendo essa uma maldição dos deuses arcanos. Wendigo já entrou em confronto com o Hulk e com Wolverine, na primeira aparição do mutante.

- Dias de um Futuro Esquecido (#141 a #141)
Dias de um Futuro Esquecido é uma história que ocorre em duas linhas temporais distintas: O presente, que segue a cronologia normal da hq e o futuro, que até os acontecimentos ali vividos, irá realmente acontecer. Então dividirei os acontecimentos.
O Futuro

Kate Pryde tem um encontro marcado com Wolverine, mas acaba sendo surpreendida por um grupo de selvagens. Wolverine os vence e entrega a ela um componente para a construção de um bloqueador. Kate leva esse componente ao acampamento. Com os X-Men refugiados, eles iram traçar seu plano para tentar salvar o futuro: transferir a mente de Kate para Kitty, no passado, no dia do acontecimento que causou a tudo àquilo: a morte do Senador Kelly. Franklin Richards é morto por uma sentinela, os demais X-Men se salvam com muita dificuldade. Em seguida, os mutantes vão até o Edifício Baxter, antigo lar do Quarteto Fantástico, agora base principal das Sentinelas. Os mutantes são facilmente mortos.

O Presente

- Os X-Men treinam na sala de perigo, quando Kitty acidentalmente entra na sala, causando um desespero nos mutantes, tentando salvá-la. Ao fim, Kitty então vai para seu treinamento e passa facilmente, porém no fim, a mutante desmaia. Quando ela acorda, já não é mais Kitty, e sim Kate, vinda do futuro. Kate explica a história aos X-Men, que hesitam, mas acreditam na jovem. Enquanto voam para Washington, Kitty dá detalhes do ocorrido. No senado estadunidense, Kelly discursa contra os mutantes. Xavier e Moira estão lá como os especialistas em genética mutante. Xavier nota a presença dos X-Men e mentalmente, descobre o que eles fazem lá. Todo o senado é surpreendido por um ataque da Irmandade de Mutantes, liderada por Mística e com nova formação: Pyro, Blob, Avalanche, Sina.
Começa o confronto a Irmandade. Tempestade fica insegura enquanto líder e toma várias decisões controversas, como praticamente impedir Wolverine de lutar. Os X-Men vão derrotando a Irmandade pouco a pouco. Sina vai até o Senador Kelly, tentando derrota-lo, mas é impedida por Kitty. Assim que o assassinato foi evitado, a mente de Kate volta para o futuro, supostamente normalizando a situação. No final da história, Kelly e Shaw (sim, aquele mesmo do Clube do Inferno) combinam o início do projeto “Despertar”, que será liderado por Peter Gyrich.
Só a ideia em si, de duas linhas temporais, já foi uma ótima ideia. O futuro é muito bem construído, na questão da organização da cidade pelas Sentinelas e também na sociedade, dividida em castas. Acredito que o passado ficou bem na sombra do que foi construído no futuro.
Os personagens que saíram ganhando foram Wolverine, com uma grande presença no futuro; Noturno, que foi surpreendido ao ver que Mística sabia muita coisa sobre ele; Kitty Pryde, a jovem mutante que foi a grande protagonista da saga, fazendo o ato final que impediu o futuro trágico dos X-Men.

- O fim de uma era
Um fato curioso é que o estopim das brigas entre Claremont e Byrne foi Dias de um Futuro Esquecido, mais especificamente na edição #142. Numa parte onde os X-Men invadem um prédio, Wolverine deveria ter aberto o cadeado. Porém, Claremont, sem o consentimento de Byrne, pediu para Terry Austin, o arte finalista, alterar o quadro para Tempestade ser a responsável por abrir a fechadura. Esse acontecimento praticamente encerraria a parceria mas não seria seu último número, pois a próxima edição já estava pronta e seria a última da dupla oficialmente.

- O futuro dos X-Men
* O que aconteceu para que o futuro fosse trágico para os mutantes?
A irmandade matou o Senador Kelly para mostrar que a humanidade deve temer os mutantes, porém, só aumentou a histeria anti-mutante.
Em 1984, um candidato a presidência que era intolerante a mutantes foi eleito. Sua primeira lei de controle de mutantes foi ratificada. Porém a Suprema Corte a declarou inconstitucional.
O governo decidiu então fazer sentinelas, com padrões para eliminar a ameaça mutante. Porém, as Sent
inelas decidiram por si mesmas que o correto era controlar o país. Mutantes, heróis e vilões foram exterminados. O continente norte-americano era das Sentinelas.
* Algumas características deste mundo distópico:
O ano do futuro da hq é 2013 (que pra nós, já é passado).
A sociedade é dividida em castas. H são humanos, A são humanos com potencial genético mutante e M, mutantes. Somente a casta H pode se reproduzir.
Os X-Men do futuro são: Kate, Rachel, Wolverine, Colossus, Tempestade, Magneto e Franklin Richards (filho de Reed e Sue, do Quarteto)
Os mutantes utilizam um colar que os impede de usar os poderes.

- A nova Irmandade de Mutantes

Sina: Também criada no arco, tem o poder de prever acontecimentos. É cega.
Avalanche: Assim como Pyro, também foi criado neste arco. Possui o poder de causar abalos sísmicos.
Mística: Mutante transmorfa e líder da nova Irmandade. Estava trabalhando infiltrada no governo dos Estados Unidos. Apareceu primeiro na hq da Miss Marvel.
Pyro: O australiano tem o poder de controlar chamas. Como não pode cria-las, possui um traje adequado para utilizar seus poderes. Foi criado neste arco.
Blob: Mutante com a capacidade de aumentar a massa de seu corpo. Foi um dos primeiros vilões dos X-Men.

- Demônio (#143)

O início do último número da dupla tem Tempestade lutando contra uma raça chamada N’Garai. Ela derrota todos eles e acredita que não existe mais nenhum. Na mansão, Xavier ensina Kitty a manusear o Jato dos X-Men. Aproveitando a data de natal, cada membro mutante sai da mansão para fazer alguma coisa exceto Kitty, que fica lá. Ela é surpreendida pelo único N’Garai existente, que tenta matá-la. Depois de uma perseguição alucinante, Kitty usa o propulsor do Pássaro Negro para pulverizar o inimigo.
Kitty mais uma vez protagonista de uma história, numa espécie de “batismo de fogo” da mutante. Detalhe que a trama foi muito bem amarrada, contextualizando a existência dos N’Garai e a aprendizagem de Kitty no dia, muito útil para conseguir derrotar o inimigo.